quarta-feira, julho 28, 2010

Para entender o noticiário

Cuidados para não confundir os termos na discussão de temas internacionais


Árabe x Muçulmano
Muitos revezam os termos como se fossem sinônimos. Não são.
Muçulmano - É o seguidor do Islamismo, religião criada por Maomé (570-632). O termo vem do plural persa muslimãn, pelo árabe muslim (devoto), garante o Houaiss. "Islâmico", "islamita" e "maometano" são seus sinônimos.
Árabe - Todos os povos que adotam a língua árabe como oficial, caso de egípcios, iraquianos, palestinos, marroquinos, sauditas, etc. Do latim arãbs,abis (habitante da Arábia).
Nem todo muçulmano é árabe
Sim, embora a religião islâmica tenha sido criada pelos árabes e tenha grande parte de devotos nessa etnia.
Indonésia, Turquia, Irã e Afeganistão são muçulmanos, não árabes.
Nem todo árabe é muçulmano.
Líbano e Síria, por exemplo, são árabes islâmicos, mas têm parcela considerável entre seus habitantes devota de outras religiões.
Árabe ? "turco". Quando libaneses e sírios imigraram para o Brasil, seus países pertenciam ao império turco-otomano e, por isso, eram registrados como de origem turca. Hoje, os países são independentes. O termo "turco" não se aplica.

Quem nota a diferença?
Estada x Estadia
Estada = Ato de permanecer em algum lugar.
Estadia = Estada por tempo limitado.


A distinção está no Dicionário Houaiss. Mas deixou de ser rigorosa há um bocado de tempo. Por eufonia, muitos usam "estadia" para qualquer tipo de permanência.
Aonde x Onde
Aonde = para onde.
Onde = em que lugar.




No modelo culto formal, diz Celso Pedro Luft em Ensino e Aprendizado da Língua Materna (Globo, 2007: 176), perguntamos "Aonde ele vai?", mas não "Aonde ele mora?" (o que equivale a "Para onde ele mora?", sem sentido).
Estória x História
Estória = Narrativa de ficção. História. Relato.
História = Relato de fatos históricos.


A distinção já foi levada mais a sério. É cada vez menos observada, uma vez que um dos sinônimos de "estória" é a própria palavra "história".

Como escrever o tempo

POR HORA X POR ORA "Por hora": "O consultor cobra por hora de trabalho"; "Correu a 100 quilômetros por hora".
"Por ora" = por enquanto: "O estado de saúde dele estabilizou, por ora".
ARTIGO
Recomenda-se o uso do artigo em expressões com "horas": "Entre as 8 horas e as 18h30"; "Das 8 às 13 horas"; "Em torno das 10 horas".
CRASE
Há crase em expressões de
tempo: "Volto às 4h da matina";
à noite; à tarde.
"MEIA"
A versão por extenso de "12h30", por exemplo, é "meio dia e meia". "Meia", aqui, refere-se à metade de uma hora completa. Por isso, nunca "meio dia e meio".
HORA x HORÁRIO
"Hora" = Marcação de parte fracionada do dia;
"Horário" = Período, não necessariamente relacionado à duração de uma hora, como no uso adjetivo: "fuso horário", "carga horária".
14h15
É assim, e sem brancos separatórios, a notação oficial brasileira de "14 horas e 15 minutos". Não "14:15", que segue escrita digital de matriz norte-americana, nem "14:15h", uma mistura redundante das duas.
hs
A abreviação do plural da palavra "horas" é h e não hs. Portanto, "14h", não "14hs", por exemplo.
Etimologia do tempoHORA Do latim hora,ae, na Antiguidade tinha o sentido mais geral de "período de tempo", "qualquer divisão de tempo", "duração" (de um dia, um noite, um mês, um ano), "estação", "nos tempos de (fulano)". Antes do latim e do grego, havia a raiz iora, com igual sentido, a mesma que derivou a inglesa year (ano)
DIA
Nas línguas pré-latinas, dei, diu, deva significava "brilhar", "luminosidade". A mesma matriz do "dia" foi a de "Deus", aquele que brilha, o criador da luz.
TEMPO
O latim tempus nomeava a fração de um período: um instante, um ano, uma hora era tempus, em oposição a aevum (de "longevidade"), que era o tempo de uma vida, guerra ou época.
HÁ X AHá - Se o período de tempo já passou: "O fiscal chegou há meia hora";
A - Se o período ainda vai ocorrer: "O fiscal voltará daqui a meia hora".
Há tempo - Há = faz. "O fiscal chegou há tempo": faz tempo que chegou.
A tempo - A = em. "O fiscal chegou a tempo": chegou na hora, em tempo.
Há uma hora - Há = faz. "O ônibus passou há uma hora".
À uma hora - Se a referência for à hora do dia. "O ônibus passou à uma hora".
A uma hora - Nos demais casos. "A próxima parada fica a uma hora daqui"; "Ele viajou a uma hora dessas?", etc.

Fonte: http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12086
Último acesso em 28/07/2010 ás 22h22min

sexta-feira, julho 23, 2010

Masculino e Feminino

Algumas palavras possuem femininos desconhecidos na língua coloquial e quando aparecem em nosso vocabulário e nos perguntam "Qual o feminino?", ficamos na dúvida ou não conhecemos. Veja alguns deles:

  • Cantor - Cantatriz ou Cantora
  • Abade - Abadessa
  • Diácono - Diaconisa
  • Bispo - Episcopisa
  • Cônego - Canonisa
  • Druida - Druidesa
  • Pardal - Pardoca ou Pardaloca
  • Marajá - Marani
  • Cupim - Arará
  • Javali - Gironda ou javalina
  • Rinoceronte - Abada
  • Oficial - Oficiala

Estranhos, não acham?


Abraços!!!


Fabi


Gramática pela prática / Ernani Pimentel. - 14. ed. - Brasília: Vestcon, 2010. 436 p.

quarta-feira, julho 21, 2010

Origem de algumas expressões + 15 expressões que todo mundo erra

Algumas expressões e sentidos!

Expressão que se refere à pessoa que se faz de boazinha, mas não é. Nos séculos 18 e 19, os contrabandistas de ouro em pó, moedas e pedras preciosas utilizavam estátuas de santos ocas por dentro. O santo era "recheado" com preciosidades roubadas e enviado para Portugal.

Casa da mãe Joana

A expressão "casa da mãe Joana" alude a um lugar em que vale tudo, onde todo mundo pode entrar, mandar, uma espécie de grau zero de organização. A mulher que deu nome a tal casa viveu no século 14. Joana era condessa de Provença e rainha de Nápoles (Itália). Teve a vida cheia de confusões. Em 1347, aos 21 anos, regulamentou os bordéis da cidade de Avignon, onde vivia refugiada. Uma das normas dizia: "o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar". "Casa da mãe Joana" virou sinônimo de prostíbulo, de lugar onde impera a bagunça.

Pensando na morte da bezerra

 A história mais aceitável para explicar a origem da expressão é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Conta-se que certa vez um rei resolveu sacrificar uma bezerra e que seu filho menor, que tinha grande carinho pelo animal, opôs-se. Independentemente disso, a bezerra foi oferecida aos céus e afirma-se que o garoto passou o resto de sua vida pensando na morte da bezerra. Assim, estar “pensando na morte da bezerra” significa estar distante, pensativo, alheio a tudo.

Dor de cotovelo  
 A expressão teve origem nas cenas de pessoas sentadas em bares, com os cotovelos apoiados no balcão, bebendo e chorando a dor de um amor perdido. De tanto permanecerem naquela posição, as pessoas ficavam com dores nos cotovelos. Atualmente, é muito comum utilizar essa expressão para designar o despeito provocado pelo ciúme ou a tristeza causada por uma decepção amorosa.

Guardar a sete chaves
No século 13, baús eram usados para guardar joias e documentos da corte de Portugal. Cada baú tinha quatro fechaduras e era aberto por quatro chaves distribuídas entre funcionários do reino. Com o tempo, os baús caíram em desuso. E algo que antes estava bem “guardado a quatro chaves”, passou a ser “guardado a sete chaves”, devido ao misticismo associado ao número 7. Esse misticismo originou-se nas religiões primitivas babilônicas e egípcias, que cultuavam os sete planetas conhecidos na época. Assim, a expressão “guardar a sete chaves” está relacionada ao ato de guardar algo com segurança e sob sigilo absoluto.  

Onde judas perdeu as botas
Significado: Lugar longe, distante, inacessível.
Histórico: Como todos sabem, depois de trair Jesus e receber 30 dinheiros, Judas caiu em depressão e culpa, vindo a se suicidar enforcando-se numa árvore. Acontece que ele se matou sem as botas. E os 30 dinheiros:”(Se fosse nos dias de hoje, em vez de 30 dinheiros, Judas teria recebido mensalão.)”: não foram encontrados com ele. Logo os soldados partiram em busca das botas de Judas, onde, provavelmente, estaria o dinheiro. A história é omissa daí pra frente. Nunca saberemos se acharam ou não as botas e o dinheiro. Mas a expressão atravessou vinte séculos. 
Rasgar Seda
Tal expressão, utilizada quando alguém elogia exaustivamente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na mesma, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão para cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a mulher percebe a intenção do rapaz e diz: “Não rasgue a seda, que se esfiapa.” Foi assim que surgiu a expressão. 


19 expressões que todo mundo erra...

1) Enfiou o pé na jaca: o correto é enfiou o pé no jacá. Antigamente, os tropeiros paravam nas vendinhas, a meio caminho, para tomar uma pinga. Quando bebiam demais, era comum colocarem o pé direiro no estribo e, quando jogavam a perna esquerda para montar no burro, erravam, pisavam no jacá (o cesto em que as mercadorias eram carregadas) e levavam um grande tombo. Por isso, quando alguém bebia demais dizia-se que ele enfiaria o pé no jacá. A jaca, fruta, não tem nada com isso. Apesar da novela da Globo.
2) Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão: o correto é batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.
3) Cor de burro quando foge: o correto é corro de burro quando foge!
4) Quem tem boca vai a Roma: pois é, eu também fiquei surpreso ao saber que o correto não tem nada a ver com a capacidade de pela comunicação ir a qualquer parte do mundo, e sim uma forma de exortação à crítica política; o correto é quem tem boca vaia Roma.
5) É a cara do pai escarrado e cuspido‘: essa é forma escatológica de dizer que o filho é muito parecido com o pai; o correto é a cara do pai em Carrara esculpido (Carrara é uma cidade italiana de onde se extrai o mais nobre e caro tipo de mármore, que leva o mesmo nome da cidade).
6) Quem não tem cão, caça com gato: o correto é quem não tem cão, caça como gato. Ou seja, sozinho!
7) Nas coxas: as primeiras telhas usadas nas casas aqui no Brasil eram feitas de Argila, que eram moldadas nas coxas dos escravos que vieram da África. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam todas desiguais devido as diferentes tipos de coxas. Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito (quer dizer, não tem nenhuma conotação erótico-sexual, mente suja).
8)Voto de Minerva: Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os jurados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.
9) Casa da mãe Joana: na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.
10) Conto do vigário: duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: Colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.
11) Ficar a ver navios: Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.
12) Não entender patavinas: os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova; sendo assim, não entender patavina significava não entender nada.
13) Dourar a pílula: antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.
14) Sem eira nem beira: os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.
15) O canto do cisne: dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A expressão “canto do cisne” representa as últimas realizações de alguém.
16) 'Quem tem boca vai a Roma.'O correto é: 'Quem tem boca vaia Roma.' (isso mesmo, do verbo vaiar)
17)Cuspido e escarrado' - quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa. O correto é: 'Esculpido em Carrara. 

18) 'Quem não tem cão, caça com gato.' O correto é: 'Quem não tem cão, caça como gato'... ou seja, sozinho!

19) 'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro.' Correto: 'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro.'




História, conceito e os principais tipos de gramática




            História

         O interesse pela linguagem data da antiguidade clássica. Tal interesse se apresenta, na Grécia, no interior da filosofia, que se viu levada a estudar a estrutura do enunciado para poder tratar do juízo. Isto levou Platão a estabelecer a primeira classificação das palavras de que se tem conhecimento. Para ele as palavras podem ser nomes e verbos. Depois dele Aristóteles considerou uma outra classificação das palavras: nomes, verbos e partículas. Se aqui temos a primeira divisão da cadeia de sinais linguísticos pelo reconhecimento de uma diferença de categoria entre palavras, estamos diante de uma posição que toma como interesse a relação da linguagem com o conhecimento. A divisão entre nomes e verbos procura descrever a estrutura do juízo, que deve falar de como é o mundo.

    Ao lado dos estudos filosóficos, também na Grécia, desenvolveram-se os estudos retóricos e gramaticais. A Gramática pode ser considerada como elemento de uma das primeiras revoluções tecnológicas da história do Homem.


       A gramática constitui-se na história como uma instrumentação das línguas que, enquanto arte (no sentido latino) ou técnica (no sentido grego), considera a gramática “um manual com regras de bom uso da língua”, isto é, trata-se de um compêndio com normas para falar e escrever corretamente .
  Conceito

       O termo "Gramática" é usado em acepções distintas, referindo-se quer ao manual onde as regras de regulação e uso da língua estão explicitadas, quer ao saber que os falantes têm interiorizado acerca da sua língua materna.

Costuma-se classificar a Gramática em partes "autónomas, porém harmónicas entre si", afim de facilitar o seu estudo.

       Uma classificação mais antiga (não significa incorreta...) estipula as   -seguintes partes:
•    Fonética;
•    Morfologia;
•   Sintaxe; e
•   Tópicos especiais (elementos de etimologia, versificação, história etc.).
             Uma classificação mais atual, comporta:
•    Comunicação e expressão;
•    Fonética;
•    Morfologia;
•    Sintaxe;

•    Etimologia;
•    Semântica;
•    Literatura;
•    Lógica.

 

                 Os 3 principais tipos de gramática são:


                     Gramática normativa/tradicional


   Chama-se gramática normativa a gramática que busca ditar, ou prescrever, as regras gramaticais de uma língua, posicionando as suas prescrições como a única "forma correta" de realização da língua, categorizando as outras formas possíveis como "erradas".  A gramática hoje denominada tradicional propõe-se a sistematizar as regras de uma língua e, por meio delas, ensinar essa língua aos falantes que já a dominam.Uma das falhas apontadas para a gramática tradicional é a sistematização dos fatos lingüísticos dissociados do uso concreto da língua. Ao ignorá-lo, outros aspectos também passam a ser desconsiderados:

1) As diferenças entre as modalidades oral e escrita;

2) A influência do contexto em condicionar o uso das variedades dialetais;

3) A interferência do ‘tempo’ no processo evolutivo da língua.

                               Gramática descritiva

     Uma gramática descritiva é, em primeiro lugar, a DESCRIÇÃO de uma LÍNGUA da forma como ela é encontrada em amostras da fala e da escrita (em CORPUS do material e/ou extraídas dos FALANTES NATIVOS).  Na tradição mais antiga, a abordagem“descritiva” se opunha à abordagem PRESCRITIVA de alguns gramáticos, que tentavam estabelecer REGRAS para o uso social ou ESTILISTICAMENTE correto da língua (Crystal, 2000:129).


                                           Gramática internalizada

       “O conjunto das regras que o falante de fato aprendeu e das quais lança mão ao falar” (Travaglia,2001:28). Segundo suas próprias palavras, a gramática pode ser definida como um “conhecimento implícito sobre o que constitui a língua materna e como ela funciona” (apud Johnson & Johnson, 1998).Perini, por exemplo, além de considerar a gramática um conhecimento internalizado da língua, utiliza o termo para designar uma área de conhecimento,bem como para se referir ao conjunto de regras. É o tipo de conhecimento que o falente tem em si desde quando aprende a falar , podendo ser definido como um conhecimento implícito , que se aprende de acordo com o meio em que se vive.

     A aquisição da linguagem pela criança é inconsciente, ela faz uma verificação de hipóteses, do que ouve e as falhas são apagadas e as hipóteses corretas são arquivadas em sua mente.A partir da gramática internalizada na criança ela esta apta para falar e construir frases.



Fontes: http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0115421_03_cap_03.pdf

http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/

terça-feira, julho 20, 2010

LÍNGUA PORTUGUESA

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...


Amote assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
 

Olavo Bilac